Continua paralisação dos servidores do Hugo

 Continua paralisação dos servidores do Hugo

Os servidores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), contratados pelo instituto Gerir decidiram continuar a paralisação dos serviços nesta terça-feira (23) devido a atrasos no pagamento. A decisão foi tomada no fim da manhã, quando os trabalhador@s avaliaram uma proposta apresentada por representantes da Organização Social (OS).

A paralisação terá a duração de 5h30 em cada plantão de 6h. O atendimento de urgência e aos pacientes mais graves está mantido. No entanto, os demais serviços como transporte de pacientes intra-hospitalar e a realização de cirurgias eletivas estão suspensos.

Proposta

No início da manhã, durante uma reunião entre o Sindsaúde, Sieg e Sinf e os gestores da Gerir realizada na sede da OS, o superintendente do Instituto, Marcos Henrique Santos, informou que há previsão de pagamento dos salários atrasados para os próximos dias.

De acordo com ele, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) garantiu que efetuará o repasse entre hoje e quinta-feira (25). “A comissão que está acompanhando a rotina financeira do Hugo nos informou que a folha está planejada para ser paga na quinta-feira em função do feriado de amanhã”, explicou o superintendente. No entanto, ele destacou que foi feita uma solicitação ao secretário da Fazenda para que o repasse fosse efetuado ainda nesta terça-feira.

Se eles fizerem esse repasse hoje, a gente consegue dar cabo de todas essas demandas e fazer com que todo mundo receba o seu salário ainda hoje”, garantiu o superintendente.

Repasse

De acordo com informações da própria OS, o Estado ainda deve R$ 42 milhões à Gerir. O montante seria utilizado para pagar funcionários, fornecedores e para a compra de medicamentos e insumos.

O pagamento referente ao mês de setembro deveria ter sido feito até o quinto dia útil desse mês. A falta de pagamento tem gerado apreensão e comprometido o orçamento dos servidor@s.

Comissão

Na ocasião, a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, destacou que os problemas enfrentados no Hugo vão além dos constantes atrasos no pagamento. Ela expôs que os servidor@s enfrentam assédio, sobrecarga de trabalho, falta de medicamentos e insumos e salários defasados.

Após a deflagração da paralisação, o número de casos de perseguição e assédio aumentou. O Sindsaúde colheu só na manhã desta terça-feira, mais de 30 denúncias em que os trabalhadores se sentiram constrangidos pela chefia a não aderir ao movimento. Todas as denuncias serão levadas ao Conselho Regional de Enfermagem.

Diante disso, o Sindsaúde propôs a criação de uma comissão permanente de negociação para discutir as reivindicações pontuais dos trabalhador@s. “É preciso regularizar essa situação para que seja possível prestar uma assistência ao paciente com mais qualidade”, enfatizou.

Aos sindicatos, os representantes da Gerir propuseram se reunir com os gestores do hospital para estudar a melhor forma de discutir as demandas dos trabalhador@s.

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