Falta de transparência nos portais do governo dificulta fiscalização de repasses às OSs

 Falta de transparência nos portais do governo dificulta fiscalização de repasses às OSs

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) a pedido do Sindsaúde, revelou divergências nos valores repassados às Organizações Sociais que administram os hospitais estaduais. A apuração levou em consideração o ano de 2017.

De acordo com o levantamento realizado em 28 de setembro, o relatório com os valores dos repasses elaborado pela Secretaria da Fazenda e divulgado no portal Goiás Transparentes somava R$ 950.613.797,93. No entanto, o Dieese verificou no mesmo período que os relatórios de repasses disponíveis no mesmo portal informavam outro valor: R$ 791.900.204,81. A diferença entre de valores entre os relatórios ultrapassa R$ 150 milhões.

Justificativa

Procurada, a Sefaz informou por telefone que maiores esclarecimentos só seriam fornecidos na Delegacia de Fiscalização. Já a equipe do portal Goiás Transparente justificou que não sabe como a Secretaria da Fazenda realiza os cálculos. Outra justificativa apresentada seria que parte dos repasses de 2017 ainda não tinha sido contabilizada.

Responsável pela coleta dos dados, a técnica do Dieese, Roberta Reis, relata que nem sempre é possível obter uma apuração precisa já que alguns relatórios divulgados nos portais do Estado estão indisponíveis ou desatualizados.

Indisponível

O caso do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) administrado pelo Instituto Gerir chama a atenção. A relação dos diretores e seus respectivos salários está desatualizada desde março deste ano.  Já as informações disponibilizadas pelo Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso) que também é gerido por uma organização Social está incompleta. A última atualização aconteceu em julho desse ano.

Para o Sindsaúde, as divergências são mais um reflexo da crise do atual modelo de gestão da saúde que falha na transparência. Além disso, a atualização das informações deixa a desejar dificultando o acompanhamento pelo cidadão dos gastos públicos.

 

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