Hugo continua com trabalhadores sem salário e com serviços suspensos
Sem previsão para o fim da crise que assola o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a situação vai se agravando a cada dia. As empresas responsáveis pelos serviços de lavanderia e condução intra-hospitalar, isto é – transporte de pacientes para outros setores da unidade – suspenderam parte dos serviços devido à falta de pagamento.
O atraso nos repasses que deveriam ser feitos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) ao Instituto Gerir está comprometendo até o funcionamento dos elevadores. Os ascensoristas também paralisaram parte das atividades e dos quatro elevadores, apenas dois estão funcionando.
Até o momento, a SES deve à Gerir cerca de R$ 35 milhões. Sem esse dinheiro, a OS alega que não tem condições de efetuar o pagamento para as demais empresas contratadas por ela e que prestam serviços no Hugo.
Caos
Uma servidora relatou que o dia ontem (21) “foi um caos total”! Segundo ela “já é o terceiro dia de greve da lavanderia” e por isso, a entrega de lençóis para pacientes está restrita. Com isso, os pacientes, inclusive os recém operados e até com sangramento, estariam ficando sem a troca adequada da roupa de cama.
Ela ainda relatou que a paralisação de parte dos serviços aumentou a sobrecarga para aqueles que continuam trabalhando. Além disso, servidores já começam a faltar ao serviço por não ter como chegar ao trabalho.
Assembleia
Técnicos de enfermagem e enfermeiros também continuam sem receber o mês de setembro e podem paralisar os serviços a partir de amanhã (23). Ao Sindsaúde, o Instituto Gerir informou nesta manhã que não há previsão de pagamento já que, até o momento, a SES não repassou os valores.
“Nesta segunda-feira (22), às 19h, os sindicatos estarão reunidos com os trabalhadores na porta do Hugo para acertar as estratégias de mobilização. Sem o pagamento e a melhoria das condições de trabalho, a paralisação e certa!”, alertou a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves.
