Pacientes e usuários seguem preocupados com mudança na gestão do Hugo

 Pacientes e usuários seguem preocupados com mudança na gestão do Hugo

A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, voltou ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) na manhã desta segunda-feira (26) para acompanhar a situação do hospital administrado pelo Instituto Gerir e dialogar com os trabalhadores. A partir desta terça-feira (27), a gestão de um dos maiores hospitais estará sob a administração de uma nova organização social.

Faltando pouco menos de 12h para a transferência oficial para o Instituto Haver, a situação no Hugo continua preocupante. O hospital enfrenta uma série de problemas por falta de abastecimento e pagamento. A unidade chegou a ser interditada pelo Ministério do Trabalho.

Atendimento

“Apesar de parte do lixo acumulado já ter sido recolhido, o serviço de limpeza continua parcialmente paralisado. Além disso, trabalhadores da lavandeira e maqueiros também estão de braços cruzados por falta de pagamento”, relatou Flaviana Alves.

Segundo Flaviana, os pacientes estão bastante preocupados e sofrem os reflexos da situação. “Hoje os pacientes não terão banho. A lavanderia está parada e o hospital não tem como fornecer lençóis. Alguns trouxera de casa”, explicou.

Flaviana relatou também que faltam profissionais, medicamentos e insumos. “As cirurgias eletivas (não emergenciais) estão paradas porque, segundo informações que me foram repassadas, o Instituto já teria parado de realizar a compra de material”, revelou.

Outra preocupação do Sindsaúde é quanto a falta de condições de trabalho para os servidores. “Essa situação nos deixa apreensivos porque sabemos que o trabalhador é o mais cobrado e na maioria dos casos não há como ele prestar o atendimento. Essa transição também afetou a instabilidade emocional do servidor que ainda não se permanecerá ou não no emprego”, expôs Flaviana.

Contrato de trabalho

Nesta manhã, o Sindsaúde obteve a informação de forma extraoficial de que a nova organização social assumiria os trabalhadores e asseguraria os direitos trabalhistas daqueles que quisessem permanecer trabalhando no Hugo.

“Vamos continuar com esse trabalho de acompanhamento e orientação e esperamos que a situação seja normalizada o mais breve possível. Que seja resguardado o direito de pacientes e de trabalhadores” finalizou Flaviana.

A OS

O Instituto Haver que vai assumir a gestão do Hugo a partir das 00h desta terça-feira (27) tem sede no Setor Nova Suíça, em Goiânia e foi qualificado com Organização Social para a área de saúde em março de 2018.

A OS que, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Receita Federal foi aberta em 20 de março de 2017, assume de forma emergencial até que seja feita o chamamento público para a contratação definitiva de uma nova organização social.  O valor do contrato é de R$ 20,5 milhões mensais.

 

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