Pacientes temem fim do HDT

 Pacientes temem fim do HDT

* Publicada em 02.12.2019 às 17h20

Pacientes do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), usaram faixas e cartazes para protestar contra a piora do atendimento. Mobilizados em frente ao hospital, usuários, familiares e ex-funcionários denunciaram demora no atendimento, falta de equipamentos, de medicamentos para doenças oportunistas e de profissionais. Atualmente, a unidade é administrada pela organização social Instituto Sócrates Guanaes.

O protesto que foi organizado pelas ONGs: Apoio, Vida, Esperança (AAVE), Grupo Pela Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids (Pela Vidda), contou com a participação do Sindsaúde  e dos representantes do Conselho Local de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e Conselho Estadual de Saúde.

A demissão de médicos que atuavam na unidade acabou contribuindo para agravar a situação. “Nós estamos com 13 problemas pontuados pelos próprios usuários. Nós queremos respostas para esses problemas”, protestou a vice-presidente do Grupo AAVE (ONG que apoia a causa das pessoas que convivem com o HIV/AIDS), Tamara Borges.

Os usuários denunciam que na unidade onde mais de 10 mil pessoas fazem tratamento, “faltam medicamentos e sobra tempo de espera”. Ainda de acordo com eles, o tempo de quase 5 horas de espera agora pode aumentar devido às demissões.

A preocupação é que esteja em curso uma política de desmonte da unidade que é referência no atendimento eletivo e de emergência de média e alta complexidade em Infectologia, doenças infecciosas e dermatológicas como HIV/Aids, tuberculose, meningite, entre outras.

A diretora do Sindsaúde e conselheira estadual de saúde, Luzinéia Vieira, destacou que apesar de o HDT está sob gestão de uma OS, o secretário e o governador ainda são os responsáveis pelo Hospital. “Quem tem responsabilidade por garantir que a assistência à saúde seja prestada com qualidade e com garantia de todos os direitos dos usuários é o Estado. Não adianta terceirizar a responsabilidade”.      

Uma médica que atua na unidade chegou a formalizar uma denúncia ao Conselho Estadual de Saúde sobre assédio moral sofrido por ela, no qual, foi coagida pela direção depois de informar os pacientes que a demora no atendimento era causada pela redução de profissionais.  

 

 

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