Sindsaúde é contrário as OSs na saúde de Goiânia

 Sindsaúde é contrário as OSs na saúde de Goiânia

Publicado em 27 de agosto de 2020, às 15h14

O Sindsaúde é contrário à implantação de Organizações Sociais (OSs) nas unidades de saúde do município de Goiânia. Sempre lutou e preconizou a autonomia administrativa, financeira, orçamentária e gerencial da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).

A reunião na plenária do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia (26), com a participação da Secretária Municipal de Saúde, Fátima Murie, o Sindsaúde alertou para as consequências da efetivação das OSs na administração das unidades públicas municipais para gerir os serviços de saúde na capital.

O Sindicato tomou conhecimento via Lei de Informação ao Cidadão (SIC) de que há um processo em andamento cujo objetivo é repassar administração do Serviço Móvel de Urgência e Fixo (unidades) para as OSs e na ocasião, solicitou esclarecimentos à Secretaria de Saúde de Goiânia.

A titular alegou que há apenas um processo de qualificação de OSs para o município. Uma nova reunião ficou agendada para 30 de setembro quando haverá plenária ordinária do Conselho Municipal de Saúde.

A gestão de hospitais públicos por OSs é fortemente condenada pelo Sindsaúde-GO. O Sindicato lembra que saúde pública não é negócio e que os serviços públicos não combinam com a terceirização. São incompatíveis com os serviços das instituições privadas, que tem um caráter único de livre mercado (competitividade e lucro). O Sindsaúde, na pessoa da Secretária Geral, Flaviana Alves Barbosa (membro do CMS), ressaltou que o alto custo do modelo de gestão, a falta de transparência e o adoecimento dos profissionais, são motivos suficientes para afastar a contração desse tipo de gestão na saúde pública de Goiânia.

Em 2012, após provocações do Sindsaúde-GO o Ministério Público Estadual pediu via ação, a anulação dos contratos das OSs com o Estado. O MP aguarda decisão final.

Vale lembrar:

A Política de Administração Pública é um instrumento fundamental para a Gestão do SUS. Dependendo de como o Governo pretende administrar esta política, os equipamentos e os trabalhadores públicos, haverá sempre repercussões pró ou contra a universalização e a integralidade das Políticas Públicas de um modo geral e principalmente para a saúde, porque o SUS foi instituído, não apenas como um novo modelo de atenção à saúde, mas enquanto um modelo de gestão do Estado, federalizado, descentralizado, com comando único em cada esfera de governo e com pactuação da política entre as mesmas, com financiamento tripartite, com participação da comunidade e com controle social, dentre outros.

Saúde pública é direito constitucional de todos (as) e dever do Estado.

Sindsaúde – GO

Sempre Junto: A Saúde Luta e Resiste  

 

Outras Notícias

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitor de Página Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud