Em plena pandemia, Centro de Saúde de Goiânia está sem gestor

 Em plena pandemia, Centro de Saúde de Goiânia está sem gestor

*Publicada em 03.07.2020 às 19h57

O Centro de Saúde Marinho Lemos fica localizado na Av. Armando de Godoy, no Setor Negrão de Lima em Goiânia. A unidade é de responsabilidade da Prefeitura de Goiânia e integra a Diretoria de Atenção à Saúde. Nesta sexta-feira (3), diretoras do Sindsaúde visitaram a unidade e foram informadas de que o Centro de Saúde está há seis meses sem diretor e com muitas irregularidades.

“A situação é grave! Nos deparamos com uma unidade praticamente abandonada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A situação só não está pior porque os trabalhadores se uniram e assumiram, na medida do possível, o papel de gestor mantendo o atendimento a população “, conta a diretora do Sindsaúde-GO, Irani Tranqueira.

O Sindicato apurou que há várias irregularidades na unidade. “A trabalhadora que atende como recepcionista é a mesma que faz o serviço de limpeza caracterizando dupla função. Não há local adequado para curativo. A sala para curativos que inclusive recebia uma grande demanda passou a ser destinada ao paciente com suspeita de Covid-19. A sala de vacina está em local inadequado e com a refrigeração comprometida”, relatou Irani Tranqueira.

Para a secretária de Saúde do Trabalhador do Sindicato, Marlene Soares, o Centro de Saúde Marinho Lemos precisa de atenção urgente da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ela, apesar da boa vontade dos trabalhadores daquela unidade, a situação de abandono tem colocado em risco a vida de profissionais e de usuários.

Outra preocupação do Sindsaúde e a permanência em atividade de servidores que estão no grupo de risco. A unidade recebe diariamente cerca de cinco pessoas com suspeita de Covid-19. Diante disso, os trabalhadores se uniram e, por conta própria, conseguiram que uma das colegas que faz parte do grupo de risco fosse afastada.

O Sindsaúde formalizou, na tarde dessa sexta-feira, a denúncia para a Procuradoria Regional do Trabalho da 18º Região relatando inclusive a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e sobrecarga de trabalho.

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