Gestão de Aparecida usou fake news em ação judicial para obter liminar contra manifestação de servidores

 Gestão de Aparecida usou fake news em ação judicial para obter liminar  contra manifestação de servidores

Ao que tudo indica, a gestão de Gustavo Mendanha agiu de má-fé para induzir a Justiça a decidir pela proibição da mobilização dos trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde no último dia 24. Na ocasião, os trabalhadores realizaram um protesto em frente ao Cais Nova Era para cobrar direitos trabalhistas que não estão sendo cumpridos. 

O fato é que a Procuradoria Geral do Município obteve no último dia 23, utilizando-se de informações incorretas, ordem judicial para impedir que o ato dos trabalhadores da saúde ocorresse, atividade que a Administração chamou erroneamente de “greve”.

Para persuadir o juiz de que a mobilização oferecia prejuízo ao município e de que “deixava transparecer uma manobra política por parte do Sindicato requerido visando abalar a confiança da população no atual governo municipal”, a Procuradoria utilizou, entre outros recursos, uma reportagem da página eletrônica do jornal O Popular publicada em 2017 (veja aqui) levando o magistrado a crer, equivocadamente, que se tratava da manifestação anunciada para o dia 24 de maio de 2021.

Trecho da ação impetrada pela Procuradoria Geral do Município de Aparecida de Goiânia

A argumentação foi acatada ainda no domingo (23) pelo juiz plantonista Adegmar José Ferreira do Tribunal de Justiça de Goiás que concedeu a liminar e fixou multa de R$ 10.000 (dez mil reais) ao Sindicato. O Município pediu multa de R$ 50.000 (cinquenta mil reais). O fato é que a reportagem em questão nada tem a ver com o ato que se tornou objeto da ação em 2021.

Reportagem veiculada na página eletrônica do jornal O Popular em 15 de maio de 2017

À época, a cobertura jornalística abordou uma greve dos trabalhadores da saúde realizada em 15 de maio em que foi mantido em seus postos de trabalho, 50% dos funcionários para evitar a suspensão total dos serviços, entre eles, urgência e emergência. Assim como a manifestação do dia 24, a greve de 2017 também foi motivada pela falta de cumprimento de direitos trabalhistas por parte do Município.

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1 Comment

  • O prefeito Gustavo Mendanha, além de não cumprir seu dever com os trabalhadores. Ainda os calúnia dizendo que estão de greve. Calma Sr prefeito os trabalhadores e sindicato estão querendo negociar sem precisar fazer greve.
    Negocie pra não chegar a esse ponto em tempos de Pandemia.

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