Goiânia: pacientes e servidores sofrem com o descaso na rede municipal de saúde

 Goiânia: pacientes e servidores sofrem com o descaso na rede municipal de saúde

Enquanto a Prefeitura ignora a situação, a rede municipal de Saúde de Goiânia está cada vez mais caótica. Nesta manhã, servidor@s da Saúde se mobilizaram no Cais do Jardim Novo Mundo para reivindicar melhores condições de trabalho, o cumprimento dos seus direitos e a melhoria do atendimento para a população.

Hoje, foi registrada nos corredores da unidade, uma cena que tem se repetido com frequência nos demais postos de saúde da capital. Um homem que aguardava atendimento passou mal e ficou caído no chão da unidade enquanto aguardava atendimento. Em seguida, o paciente foi levado em uma cadeira de rodas para o interior da unidade.

Diante do ocorrido, a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, esclareceu que a mobilização não afetou o atendimento no Cais Novo Mundo. “Apesar das condições precárias de trabalho, da falta de insumos e de profissionais, os servidores daquela unidade permaneceram nos seus respectivos postos de trabalho. A maioria dos participantes era composta por Agentes de Combate às Endemias, ou seja, eram trabalhadores que não pertenciam ao quadro de funcionários da referida unidade de Saúde”.

Condições de trabalho

Servidor@s do Cais Novo Mundo relatam que além de terem seus direitos desrespeitados pela gestão de Iris Rezende, trabalham sem condições de oferecer à população um serviço de qualidade. Até os próprios trabalhador@s, quando precisam, não conseguem atendimento na unidade que trabalham. “Eu mesma precisei fazer um Raio-X e tive que ir para o Cais Amendoeiras porque aqui não estava funcionando. Ai me receitaram dipirona e ibuprofeno. Cheguei aqui no Cais e também não tinha”, contou uma trabalhadora do Cais Novo Mundo que não quis se identificar.

Outra reclamação é a falta de profissionais. Um dos setores mais afetados tem sido o setor de vacina. Segundo a mesma trabalhadora, os dois profissionais que trabalham na sala de vacina estão sobrecarregados, já que a unidade atende toda a Região Leste da capital.

O Sindsaúde vem tentando dialogar com a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, mas até o momento a secretária não recebeu o Sindicato. “Não é justo que esses trabalhadores continuem nessas condições. Além de não terem condições para trabalhar, eles estão sem receber a data-base do ano passado, não conseguem atendimento pelo Imas, estão com o Plano de Carreira da categoria congelado e recebem o valor irrisório para se alimentar, isso quando o vale-alimentação não atrasa. A Saúde de Goiânia vive um descaso total”, denunciou Flaviana.

Nova mobilização

A próxima mobilização vai ocorrer durante a Plenária do Conselho Municipal de Saúdeno Auditório multiuso, Área 3 da PUC-Goiás, no Setor Leste Universitário (Próximo ao Hospital Araújo Jorge). O objetivo é tentar dialogar com a secretária que, na ocasião, vai participar do encontro.

Confira a pauta de reivindicação completa dos servidor@s:

Pagamento da data-base de 2017 e de 2018;

Descongelamento do Plano de Carreira (progressões e titulação);

Melhores condições de trabalho e de assistência à população;

Regularização do atendimento no Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) e transferência da gestão para o servid@r;

Inclusão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) no Plano de Carreiras;

Inclusão dos servidor@s administrativos no Plano de Carreiras;

Realização de concurso público;

Pagamento da dívida junto ao IPSM.

 

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