Mantido na pandemia, Enem tem primeira prova no próximo domingo

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, mantidas pelo governo federal e pela Justiça mesmo com a pandemia agravada, começam a ser aplicadas no próximo domingo (17). Com exceção do Amazonas, onde uma decisão liminar determinou a suspensão do exame, milhões de estudantes em todo o país devem realizar a avaliação. 

Desta vez, são duas versões: a impressa, aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada como teste para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

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Em razão do coronavírus, a máscara facial passou a ser item obrigatório, junto com documento de identificação com foto (veja quais são permitidos) e caneta esferográfica transparente, de tinta preta.

É recomendado que os candidatos levem uma máscara extra para trocar durante a prova, embora não seja obrigatório. É permitido levar álcool em gel próprio, além do que já será disponibilizado em todos os locais.

Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. As exceções são para comer e beber, quando o item de proteção poderá ser retirado momentaneamente. 

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Segundo o Ministério da Educação (MEC), as salas terão número reduzido de estudantes, para garantir o distanciamento entre os participantes. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

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As medidas adotadas para a aplicação das provas, no entanto, não anulam o risco de proliferação da covid-19. Em ofício enviado ao Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirma que “apesar de os jovens terem menor risco de desenvolver formas graves e tampouco estar prevista a vacinação da população com menos de 18 anos, o aumento da circulação do vírus nesta população pode ocasionar um aumento da transmissão nos grupos mais vulneráveis”.

Recomendações   

Uma vez que o exame foi mantido, a recomendação da médica infectologista Marise da Silva Mattos é para que os cuidados sejam redobrados, especialmente durante a entrada nas escolas, momento em que costuma haver maior aglomeração de pessoas. 

“Esse é o momento mais crítico, que leva toda uma ansiedade de estar lá dentro, antes do portão fechar. Não sei se vai ter alguma organização do lado de fora, mas é procurar não ficar esbarrando em outras pessoas, não empurrar. Tentar se manter afastado o máximo que puder e passar o seu álcool em gel na mão quando chegar lá dentro”, orienta.

A médica também recomenda um exercício bem fácil para calcular o distanciamento adequado de outras pessoas. 

“Abra os seus dois braços, o máximo que você puder, olha para o lado e imagina um círculo. Você é o centro do círculo, e o seu braço vai ser o raio. Então, nesse círculo do seu braço até você ninguém se aproxima. E a mesma coisa o seu amigo. Não é pra encostar mão com mão, mas você consegue, assim, estabelecer uma distância segura de afastamento do amigo”, finaliza.

Edição: Geisa Marques
Fonte: Brasil de Fato