“Não é remoção, é expulsão” protestam servidores do Hugo

 “Não é remoção, é expulsão” protestam servidores do Hugo

*Publicada em 28.11.2019 às 12h50 e atualizada às 15h28

Médicos, enfermeiros, técnicos, entre outros profissionais concursados que atuam no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), fizeram um cortejo simbólico na porta do hospital em protesto contra a remoção de profissionais de diversas áreas.

O clima era de tristeza, mas também de indignação com a decisão da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que quer quase 300 profissionais fora do Hugo até o dia 1º de dezembro. “A SES diz que isso é uma transferência, mas na verdade esses trabalhadores estão sendo expulsos do Hugo”, protestou o técnico em enfermagem, Erivânio Herculano.

O dia também foi de paralisação. Os médicos paralisariam o atendimento desde as primeiras horas desta quinta-feira. A suspensão terá duração de 24h e manterá funcionando apenas os serviços de urgência e emergência. A decisão também foi tomada em protesto contra a remoção de profissionais da unidade.

Com um caixão feito de papelão e velas, os trabalhadores exigiram respeito com a equipe do hospital e também com pacientes que podem ser prejudicados com a redução da equipe. A secretária Geral do Sindsaúde, Luzinéia Vieira, lembrou que as medidas tomadas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) estão na contramão do que foi prometido para a Saúde. “Ouvimos que ele melhoraria a saúde de Goiás, mas não é isso que está acontecendo hoje”.

‘Sem vagas”

Trabalhadores com o nome na lista para a remoção têm relatado ao Sindsaúde que não estão encontrando as vagas ofertadas pela SES. O técnico em enfermagem David Cesar é um dos servidores à disposição e revelou que esteve na SES e não tinha vaga para sua função. “Estou muito indignado e acho isso uma falta de respeito com o funcionário público e com o dinheiro do contribuinte”.     

Já a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, alertou para a importância da unidade da categoria nesse momento uma vez que medidas como essas implementadas no Hugo, podem ocorrer em outras unidades de saúde.

Ainda segundo a presidenta, se o déficit de profissionais na SES tem sido o motivo para a remoção de trabalhadores, o Estado deveria atender a ação civil pública movida pelo Ministério Público de Goiás e nomear o restante dos aprovados do concurso realizado em 2010.

Justiça

Além do Ministério Público, o Sindsaúde já levou o caso ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e aguarda decisão favorável para anular as remoções. Ontem (27), a presidenta do Sindsaúde se reuniu com a juíza auxiliar da Presidência do TJGO, Dra. Sirlei Martins da Costa, em busca de apoio.

 

  

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