No apagar das luzes Câmara de Anápolis vota aumento do IPTU e demais projetos polêmicos na área da educação e saúde

Na manhã desta quinta-feira (23), a Câmara de Anápolis realiza uma sessão extraordinária para votar um pacotão de maldades enviado pelo Prefeito Roberto Naves (PP). Ao todo são 16 projetos de autoria do Executivo Municipal, e entre os mais polêmicos estão a Reforma Previdenciária, aumento de 22% no IPTU, perdão de dívidas tributárias de igrejas e a criação de 436 novos cargos comissionados, que são verdadeiros cabides de empregos eleitoreiro na estrutura da Prefeitura.

Dentro do pacotão que o prefeito pretende passar durante o Natal está o PLC 282/21 que altera o horário de funcionamento das unidades de saúde e jornadas de trabalho. A proposta é que o horário de trabalho seja adequado às atribuições pertinentes a cada cargo, função ou lotação. Uma das preocupações do Sindsaúde é que a súbita mudança na escala de trabalho poderá contribuir para pedidos de exoneração visto que muitos profissionais da saúde no município também atuam em Goiânia e Brasília.

Entidades sindicais e servidores públicos foram impedidos de acompanhar a sessão dentro da Câmara. A Casa teve seu plenário esvaziado e segue a sessão às portas fechadas sem transparência e participação popular. O Sindsaúde condena a truculência da Segurança da Câmara Municipal.

 “Não somos bandidos! Não somos baderneiros. Nossa manifestação é pacífica e temos o direito de ocupar esse espaço público”, disse Sílvia Regina, que manifesta sua indignação com essa atitude de barrar o acesso da população ao plenário durante a sessão mais maldosa dos últimos anos.

Nos últimos meses o Sindsaúde, intensificou a luta com assembleias e manifestações para assegurar os direitos e qualidade de trabalho a categoria do município que sofre ataques constantes da atual administração que visa o desmonte do serviço público.

“Nós somos trabalhadores e estamos cobrando os nossos direitos que estão sendo desrespeitados.  Queremos que os vereadores escutem os servidores antes de retirar nossos direitos de forma arbitrária”, reforçou Willian Matheus, diretor do Sindsaúde, que está presente em vigília na porta da Câmara Municipal de Anápolis.