O Sindsaúde se reúne com usuários e trabalhadores (as) do Caps AD II Noroeste

 O Sindsaúde se reúne com usuários e trabalhadores (as) do Caps AD II Noroeste

Publicado em 23 de julho de 2020, às 17:52 

A Diretoria do Sindsaúde visitou na manhã desta quinta-feira (23) o Centro de Atenção Psicossocial Caps AD II Noroeste, localizado na Vila Mutirão, em Goiânia.

As reuniões promovidas pelo Sindsaúde em parceria com o Fórum Goiano de Saúde Mental e Coletivo Desencuca nos Caps em Goiânia partiram de denúncias dos usuários do Caps Esperança, em virtude do corte de 36 medicamentos da Relação REMUNE, por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A partir desse quadro dramático para os usuários do serviço de psiquiatria, o Sindsaúde e seus parceiros tem identificado muitas outras irregularidades que dificultam o atendimento à população e sobrecarregam o físic e psicológico dos trabalhador@s da saúde mental.

O Caps AD II Noroeste atende transtorno mental adulto, só durante o dia, os usuários de álcool e outras drogas contam com o acolhimento noturno nesta unidade, portanto 24 horas. Não há atendimento infanto-juvenil para os portadores de transtorno mentais. Uma grande dificuldade para as famílias destes usuários que tem que atravessar a cidade para conseguir atendimento para esta faixa etária.

Outra grande dificuldade nesta unidade é a articulação com a Rede que está extremamente precária, muitos usuários reclamaram do fechamento do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Os profissionais de saúde que atendiam nas unidades do NASF na região Noroeste possibilitavam que muitos pacientes, principalmente as crianças e os adolescentes, tivessem esse atendimento multidisciplinar na estratégia de saúde da família. Os trabalhador@s da saúde também relatam as dificuldades e a sobrecarga de trabalho com o fechamentos do NASF, os usuários tantos os casos mais leves ou estabilizados quanto os de emergência ficam com o atendimento comprometido, por não haver a quantidade ideal de trabalhador@s e por não oferecer tratamento para essa faixa etária.

Outros problemas foram relatados, na verdade são recorrentes, a questão financeira onde as oficinas são mantidas pelos trabalhador@s. A ausência permanente de diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde e o corte dos 36 medicamentos da relação da REMUNE.

Com tantos problemas que deflagram o desmonte da saúde mental em Goiânia, o Sindsaúde destaca a força de vontade e a alegria dos trabalhador@s da saúde mental que contribuem do próprio bolso para manter os serviços funcionando e a luta dos usuários pelo direito de ter dde volta os medicamentos que tanto necessitam.  

“O Sindsaúde esteve no Caps Noroeste juntamente com o Fórum Goiano de Saúde Mental, usuários e trabalhadores desta unidade. Visitaremos outras unidades do Caps e o Sindsaúde informará os órgãos competentes a situação dramática de todos estes Centros de Atenção Psicossocial,” afirma Irani Tranqueira, Diretora do Sindsaúde-GO

 

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