Para economista, “Brasil está colhendo os resultados de postergar a vacinação”
De acordo com a economista e supervisora técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese – Regional Goiás), Leila Brito, as consequências do atraso na vacinação dos brasileiros e a falta de controle da pandemia estão se refletindo na economia. A afirmação foi feita durante debate virtual realizado com diretores do Sindsaúde-GO nesta segunda-feira (15).
Ao atestar que o “Brasil está colhendo os resultados de postergar a vacinação!” Leia Britou explicou que há previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas do país – no primeiro e no segundo trimestre desse ano e que o país já está em recessão.
Brito apontou elementos que ajudam a explicar a queda. Dados de fevereiro mostraram a desaceleração da produção industrial e os números preocupantes do licenciamento de veículos e do setor de serviços. “Isso acontece em um ambiente de alta de preços de commodities e dos alimentos. Além disso, os preços dos insumos em geral, dos insumos industriais e na construção civil estão em alta. Nesse cenário, ainda temos a alta do dólar frente à desvalorização do real”.
A economista lembra, no entanto, que em 2020 alguns fatores ajudaram a diminuir a queda do PIB estimada inicialmente em 10%, e posteriormente revisada para 5%. Um deles, foi a aplicação de políticas contracíclicas, ainda que de maneira insuficiente, como a renda emergencial (R$ 300 bi) que estimulou o consumo de alimentos e materiais de construção de obras residenciais pequenas.
Por outro lado, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE) teve papel de salvar parte dos empregos e surtiu o efeito para que a contração fosse menor do que o esperado. Mesmo assim, o PIB Brasileiro contraiu 4,1%. De acordo com o Dieese, esta foi a pior queda da série histórica desde os anos 80 tornando-se o ano mais devastador da economia brasileira.
Perspectivas para 2021
Brito faz um alerta. Em 2021, os desafios para os trabalhadores passam pela superação da pandemia e pela organização e mobilização de modo a construir uma correlação de forças favorável a um projeto de desenvolvimento do pais que seja voltado para equidade.
Já o presidente do Sindsaúde-GO, Ricardo Manzi, defende que os trabalhadores não podem ser penalizados pelas ingerências do Governo Federal na economia. “O congelamento dos salários com a aprovação da PEC 186 é cruel. É possível manter o auxílio emergencial, uma ajuda importantíssima para os mais necessitados, sem sacrificar os demais trabalhador“. Ricardo justifica que há mais alternativas como por exemplo, realizar a auditoria da dívida públicas e taxar grandes fortunas e tributar heranças como já se faz em países desenvolvidos.
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