PREVIDÊNCIA: Câmara ignora apelo dos servidores e aprova em definitivo alíquota de 14%

 PREVIDÊNCIA: Câmara ignora apelo dos servidores e aprova em definitivo alíquota de 14%

Ignorando o apelo dos servidores municipais, a maioria dos vereadores de Goiânia aprovou em definitivo o aumento da alíquota previdenciária para o Regime Próprio de Previdência. A aprovação relâmpago do Projeto de Lei Complementar (PLC) 25/2020 ocorreu na manhã desta quarta-feira (30) e elevou de 11% para 14% a contribuição do funcionalismo que já vinha amargando prejuízo com o calote na data-base.

Diretores do Sindsaúde marcaram presença no plenário esvaziado da Casa para acompanhar a sessão na expectativa de que a votação alcançasse os votos necessários para rejeitar o projeto. Durante os últimos dias, foi intensa a mobilização do Sindsaúde e de outras entidades que fazem parte Fórum dos Servidores para tentar arquivar a matéria.        

O presidente do Sindsaúde-GO, Ricardo Manzi, classificou a aprovação de absurda. Ele lembrou que a aprovação do PL não ignorou apenas os servidores, mas também um parecer do Conselho Municipal de Previdência que rejeitou a proposta de aumento por considerar os argumentos frágeis e controversos.

Foi uma aprovação atropelada já que a discussão não foi esgotada e ignorou o debate com os mais interessados: os servidores públicos que, sequer, receberam a reposição salarial neste ano. Esse suposto déficit não foi devidamente comprovado e há vários pontos no projeto que serão questionados judicialmente”, alerta Ricardo Manzi.   

As justificativas da Prefeitura para o aumento da contribuição previdenciária são de que os servidores da União e do Estado já pagam a alíquota de 14% e de que a Emenda Constitucional nº 103/2019 exige dos entes federados que descontem a mesma porcentagem da União, caso o regime próprio de previdência social apresente déficit.

Desde a chegada do projeto no Legislativo, o Sindsaúde-GO tem se mobilizado para convencer os vereadores à rejeitarem o projeto. O Sindicato e demais entidades destacaram que a própria Prefeitura afirmou na justificativa do PL que não há déficit, mas um superávit atuarial de R$ 645 milhões e que a empresa contratada para realizar os cálculos indicou que a alíquota atual já garante o equilíbrio financeiro da previdência municipal.

O que vemos hoje é um efeito cascata da Reforma da Previdência aprovada no Congresso Nacional em 2019. À época, o Sindsaúde e as entidades representativas dos servidores alertaram para os reflexos no serviço público o que de fato acabou ocorreu. Infelizmente, o mesmo pode acontecer caso a Reforma Administrativa seja aprovada“, finaliza Ricardo.

Outras Notícias

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitor de Página Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud