TERCEIRIZAÇÃO: trabalhadores denunciam atraso de salário e sobrecarga no Hugo

 TERCEIRIZAÇÃO: trabalhadores denunciam atraso de salário e sobrecarga no Hugo

Foto: Divulgação

Trabalhadores que atuam no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) têm procurado o Sindsaúde para manifestar insatisfação com a atual gestão do Hugo e denunciar atraso nos salários. Ainda de acordo com os profissionais, o vale-transporte também não está sendo pago regularmente.

Estou muito revoltado! O Hugo não está pagando o Sitpass para os funcionários e o salário está atrasando muito. O hospital está uma desordem. Por isso, a gente ta pedindo socorro”, relatou um trabalhador da unidade que preferiu não se identificar.

Outras reclamações recebidas pelo Sindicato estão relacionadas ao aumento da jornada de trabalho, sobrecarga, redução de salários, falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), medicamentos e insumos.

Servidores do Hugo denunciam também os altos salários pagos à direção da atual organização social enquanto a remuneração dos trabalhadores está cada vez mais defasada. “Se o Estado está repassando o dinheiro para a OS por que está havendo atraso para os trabalhadores do hospital?”, questiona o autor da denúncia.

Transição

Desde janeiro desse ano, o Hugo é administrado pelo Instituto CEM. A antiga organização social (INTS) que administrava o hospital desistiu do contrato no fim do ano passado. O Instituto CEM é a quarta organização social a passar pelo Hugo em menos de 10 anos.

Repasse

De acordo com dados apurados, entre março de 2020 e 7 de fevereiro do 2022, e divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por meio do Boletim Estratégico dos Gastos Relacionados ao Enfrentamento da Covid-19, o Governo de Goiás gastou R$ 2,29 bilhões com contratações de serviços. Desse total, 90,87% foi repassado para as gestões dos hospitais estaduais, atualmente, todos terceirizados.

O Sindsaúde sempre se posicionou contra o modelo de terceirização por considerá-lo, além de fator precarizante das relações de trabalho, ineficiente e frágil quando se trata de transparência. Como alternativa, a entidade defende a gestão direta dos hospitais feita pela Secretaria de Saúde com a contratação de servidores concursados e devidamente qualificados.

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