Todos profissionais de saúde deverão ser testados para Covid-19, segundo determinação do TRF
*Publicada em 04.06.2020 às 15h02
O desembargador Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), determinou que “a União coordene ações do Sistema Único de Saúde (SUS) para ampla testagem dos profissionais, inclusive os assintomáticos”. A decisão foi concedida no último dia 28 para profissionais de saúde de todo o país e atendeu um pedido do Conselho Federal de Enfermagem.
Os testes deveram ter registro na ANVISA, e estar acompanhados de laudo de avaliação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz. De acordo com a decisão, o método utilizado deve ser, preferencialmente, o RT-PCR.
Sindsaúde
A testagem por PCR de todos servidores da saúde inclusive daqueles que não apresentam sintomas tem sido categoricamente defendida pelo Sindsaúde-GO desde o início da pandemia. “Essa é uma das maneiras de evitar que mais pessoas se contaminam. Saber quem está contaminado e afastá-lo imediatamente são medidas que vão salvar vidas”, frisa o presidente do Sindsaúde-Go, Ricardo Manzi.
Na decisão do magistrado foi determinado ainda que sejam disponibilizados “locais apropriados para que os profissionais que testarem positivo para covid-19 cumpram o período de quarentena, desde que comprovadamente tenham trabalhado na linha de frente do combate à pandemia”.
O Sindsaúde está em contato com o Conselho de Enfermagem para buscar mais informações sobre os detalhes para a aplicação dessa medida. “É preciso proteger a vida dos profissionais de saúde para que eles continuem cuidando da população” ressalta Manzi. O presidente faz um alerta importante: “o melhor remédio continua sendo a prevenção. Portanto, a testagem desses trabalhadores, o afastamento dos contaminados e o isolamento social são medias que não podem ser negligenciada”.
Ricardo Manzi finaliza enfatizando que é preciso mais empenho do Governo Federal nessa batalha contra o novo coronavírus e que vê com preocupação a adoção de medidas como o veto ao uso de R$ 8,6 bilhões referente ao saldo remanescente do Fundo de Reservas Monetárias, no combate ao coronavírus.
