Ato público em Goiânia marca o Dia Internacional da Mulher pautando a unidade das mulheres do campo e da cidade

 Ato público em Goiânia marca o Dia Internacional da Mulher pautando a unidade das mulheres do campo e da cidade

*Publicada em 09.03.2020 às 17h45

Aconteceu nesta segunda-feira (9), na Praça Cívica, o ato público “8M 2020 – Pela vida das mulheres, com direitos e agroecologia”. Esta atividade integrou a programação de dois dias da organização das mulheres do campo e da cidade, no estado de Goiás. A ação ocorreu simultaneamente aos atos públicos em diversas capitais do país e à ocupação do Ministério da Agricultura pelas Mulheres Sem Terra. Três mil e quinhentas (3.500)mulheres, denunciando o retrocesso das políticas de Reforma Agrária: a ameaça da titularização das terras, os cortes nos investimentos públicos e a liberação desenfreada dos agrotóxicos pelo governo Bolsonaro.

Historicamente em Goiás os atos públicos do “Oito de Março” têm priorizado a unidade das mulheres do campo e da cidade, em agendas conjuntas que evidenciem as diversas reivindicações na área da saúde, educação e o combate ao feminicídio e violência doméstica, com o devido acolhimento das vítimas. A organização envolveu mais de 100 entidades dentre sindicatos, coletivos feministas, movimentos camponeses e partidos políticos, além de frentes amplas como o Fórum Goiano contra as Reformas e o Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno.

O ato foi aberto com um café da manhã promovido pelas mulheres do campo e da agroecologia, seguido de apresentações culturais. Ao som dos tambores do grupo Coró Mulher, se apresentaram o Coral Vozes do Cerrado e o Bloco #nãoénão com a performance “Um violador em seu caminho”.

Enquanto uma comissão representativa da organização protocolou junto ao gabinete do governador Ronaldo Caiado o “Relatório da violência contra a mulher”. Partebdo relatório foram lidas em um jogral pelas mulheres à porta do Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Após as atividades na Praça Cívica, as mulheres presentes saíram em caminhada até a porta da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em ato simbólico à ocupação ocorrida simultaneamente em Brasília, durante o Encontro Nacional das Mulheres do MST.

Mobilização e 18M
A mobilização começou no domingo com atividades de base realizadas pelos sindicatos e coletivos feministas que compuseram a organização. Dentre as diversas atividades, foi realizada caminhada com panfletagem na Praça do Trabalhador por iniciativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Sintego – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), curso de formação para as mulheres da ocupação Alto da Boa Vista em Aparecida de Goiânia pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e Movimento de Mulheres Olga Benário, além de atividades direcionadas às mulheres trabalhadoras nas sedes sociais do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades e Institutos Federais (SINT-IFESgo), do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde) e do Sindicato dos Professores de Goiás (Sinpro), agenda especial 8M2020 do Programa Voz da Mulher da Associação Mulheres na Comunicação, dentre outras iniciativas.

Este oito de março firmou em mais um ano a unidade das mulheres do campo e da cidade. O Oito de Março é também a abertura de um ano crucial de lutas do movimento social e sindical no país. Voltaremos às ruas no dia 18 de março, em greve geral, em defesa do Estado e dos serviços públicos brasileiros, e pela democracia!”, avaliou a coordenação do ato ao final do evento.

Texto: Michely Coutinho e Geralda Ferraz
Fotos: Lucas Polinário (SINT-IFESgo) e Júnior César (Sindsaúde)

       

Outras Notícias

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitor de Página Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud