Debate: fim das organizações sociais na saúde é consenso entre candidatos a governador

 Debate: fim das organizações sociais na saúde é consenso entre candidatos a governador

Kátia Maria (PT), Marcelo Lira (PCB) e Wesley Garcia (PSOL) afirmaram que, se eleitos, vão substituir as Organizações Sociais na saúde. A fala ocorreu durante o debate realizado na noite de ontem (19) na sede do Sindicato de Docentes da UFG (Adufg-Sindicato).

O evento que foi promovido pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – seção Goiás em parceria com o Sindsaúde e outras entidades da área da saúde, teve como mediadora, a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a jornalista Maria José Braga.

Os candidatos Daniel Vilela (MDB), Ronaldo Caiado (DEM) e Zé Eliton (PSDB) não compareceram e não enviaram representantes. Já os que participaram, assinaram ao final do evento uma plataforma de compromissos específica para a saúde.

Sem tensionamento de ideias e com muita tranquilidade, os candidatos abordaram os efeitos da terceirização dos hospitais estaduais e expuseram seus projetos para a saúde pública dos goianos.  Assuntos como controle social, terceirização e a Emenda Constitucional 95 foram os principais temas.

A candidata Kátia Maria abriu o debate criticando a ausência dos candidatos Daniel Vilela, Ronaldo Caiado e Zé Eliton. “Eles não vieram porque apoiaram EC 95 que cortou recursos significativos da saúde e que agravou a crise que nós já vínhamos passando”.

Ao contestar o modelo de gestão por organizações sociais, a candidata do PT afirmou que “o servidor público não é o problema” e que a falha na saúde está “na parte da gestão”. Como proposta, Kátia afirmou que seu governo vai ampliar a participação dos servidores, descentralizar os serviços de média e de alta complexidade com centro de especialidade médica em cada regional e implantar o programa Mais Médicos em Goiás.

Já o candidato do PSOL, Wesley Garcia, falou em compromisso com o Sistema Único de Saúde e afirmou que vai revogar as decisões que precarizam os serviços públicos. Ele disse ainda que irá fazer o enfrentamento contra as Organizações Sociais. “É preciso abrir a caixa preta das OSs”.

Para o candidato, a ideologia da direita é “sucatear o serviço público propositalmente para justificar as terceirizações” implantando um “processo caro e ineficaz que não atende”. Por fim, Wesley garantiu que seu governo vai priorizar a eleição de diretores para as unidades de saúde.

Marcelo Lira do PCB afirmou que se eleito, trabalhará pela reestruturação do SUS e descentralização da saúde com o programa “Saúde em Casa”. Ele também teceu críticas à terceirização.

Lira assegurou que o “modelo de OSs é antidemocrático porque retira a possibilidade de o servidor participar da gestão”. O candidato afirmou que há um “sequestro do orçamento do estado pela iniciativa privada justamente para garantir os altos lucros do grande capital” e  que “enfrentar as OSs, significa desmercantilizar a vida”.

A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, avaliou positivamente o resultado do debate e destacou que a iniciativa possibilitou que os candidatos se posicionassem de forma mais aprofundada sobre os desafios da saúde pública em Goiás. “A saúde pública passa por uma fragilidade muito grande e por isso, é imprescindível repensar o modelo de gestão atual”.

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