HUGO: servidores efetivos também estão na mira da nova OS

 HUGO: servidores efetivos também estão na mira da nova OS

*Publicada em 17.09.2019 às 11h01

Cerca de 600 servidores concursados que atuam no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) correm o risco de serem dispensados de suas funções. O Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (INTS) que deve assumir a gestão do hospital pretende remover esses servidores para outras unidades.

Um documento compartilhado com o Sindsaúde menciona uma solicitação do INTS à Secretaria de Estado da Saúde por meio do ofício 255/2019. Nele, a OS solicita “planilha contendo descrição dos cargos e quantitativo de servidores estatutários que atuam no Hugo e serão requisitados para laborarem em outras atividades da Secretaria, a fim de viabilizar por outros profissionais contratados diretamente pelo INTS”.    

 O documento que cobra respostas da Superintendência de Gestão Integrada da SES para a solicitação da OS teria sido encaminhado pela Comissão de Fiscalização e Acompanhamento do Hugo na última sexta-feira (13).

Prevendo que isso poderia acontecer, o Sindsaúde já havia alertado o Ministério Público do Trabalho (MPT) para a prática de remoção indevida de servidores concursados. Durante reunião com a procuradora do Trabalho Milena Cristina, o diretor do Sindsaúde, Mauro Rubem, frisou a importância de assegurar a permanência desses trabalhadores nos seus locais de trabalho. “O servidor efetivo tem mais liberdade e acaba denunciando mais e muitas vezes acaba sendo perseguido e assediado por isso”.

Reunião na SES

O assunto também será tratado na SES no próximo dia 30, quando o Sindsaúde se reunirá com o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino. Na ocasião, serão abordas reivindicações como data-base, plano de carreira, férias, insalubridade, valor da produtividade, Materno Infantil, laudos do Lacen-GO, condições de trabalho, adicional noturno, entre outros.

Para a presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, a postura comercial destas organizações tem produzido nas unidades um ambiente de trabalho tenso e precarizado. “Muitas vezes, os trabalhadores são colocados à disposição sem o próprio consentimento e alocados em outra unidade de difícil acesso e distante de sua residência. Isso gera transtornos e resulta inclusive, no adoecimento desses profissionais”, alerta.  

Flaviana ressalta ainda que o Sindsaúde defende que a gestão das unidades de saúde seja feita diretamente pelo Estado de Goiás. O Sindicato cobra concurso público e tem promovido ações que visam conscientizar profissionais e usuários da Saúde sobre os efeitos nocivos da política de terceirização.

 

 

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