Nota de repúdio à campanha publicitária do governo de Goiás

 Nota de repúdio à campanha publicitária do governo de Goiás

O governo de Goiás lançou no início desta semana uma campanha publicitária sobre a situação fiscal do estado. Na peça, estreada inclusive na TV aberta, o servidor público aparece como o grande vilão dos gastos. Esse seria o motivo de a “conta não fechar”, o que é uma inverdade.

Em face da referida campanha, o Sindicato dos Trabalhador@s do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) vem a público manifestar seu repúdio ao discurso irresponsável o qual contribui para jogar a opinião pública contra o servidor público.

Ao Sindsaúde, parece estranho que a autoridade máxima do Estado, eleita pelo discurso de valorização do funcionalismo público, agora aponte a categoria como a principal causa da sua ingerência.

Lamentavelmente, a peça publicitária revela a maneira distorcida de como o governo de Goiás enxerga o pagamento do funcionalismo: uma despesa que não traz retorno! O governo se esquece que são estes servidores que estão na linha de frente em hospitais e escolas, por exemplo, para manter a prestação do serviço público à sociedade. Isso é investimento!

Antes de eleger o funcionalismo como bode expiatório e tentar omitir a inabilidade em administrar, o governo de Goiás deveria ter esclarecido que, se falta dinheiro aos cofres públicos, é porque o Estado abriu mão de R$ 8,2 bilhões na arrecadação para agradar grupos de empresários. Goiás será o estado que mais renuncia a impostos em benefício do setor econômico entre os 11 estados com maior previsão de déficit para 2020.

O governador também poderia ter esclarecido que, se o Estado enfrenta dificuldades para investir na Saúde e na Educação é porque, ao lado de outros parlamentares, ajudou a aprovar no Congresso Nacional, a Emenda Constitucional 95 que congelou investimentos no setor público.

Ainda poderia ter esclarecido que o Estado de Goiás já vem promovendo a retirada de direitos trabalhistas inclusive, historicamente conquistados. Até o momento, o Executivo deixou de pagar nove dada-bases, não cumpriu os direitos previstos no plano de carreiras e escalou os servidores goianos para pagarem a maior contribuição previdenciária do país.

Como se não bastasse, o governador aumentou a contribuição para o Ipasgo e já articula mais um aumento na contribuição previdência, além do fim da gratificação de quinquênio. Na Saúde, reduziu os percentuais do adicional de insalubridade e boa parte do adicional de produtividade ao mesmo tempo em que mantém contratos milionários com organizações sociais.

Até o momento, o governo de Goiás, sequer, apontou alternativas para aumentar a receita do Estado, mas, por outro lado, não se cansa de apontar “culpados” para disfarçar a gestão atrapalhada. Portanto, o Sindsaúde/GO reitera, mais uma vez, o seu repúdio a esta postura incoerente e abusiva na qual insiste em rifar o funcionalismo.

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