Nota de Repúdio Sindsaúde-GO, Servidores e Servidoras da Saúde, Queremos Respeito.

 Nota de Repúdio Sindsaúde-GO, Servidores e Servidoras da Saúde, Queremos Respeito.

Publicado em 19 de maio de 2020, às 9:28 horas

O Sindsaúde-GO não mede esforços para defender as condições de trabalho, os direitos trabalhadores da saúde e as políticas públicas que tornem a sociedade mais justa e igualitária.

Na última sexta-feira, 15 de maio, em uma reunião realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, por quatro ministros que compõe a Equipe de Governo, com objetivo de validar as declarações do Presidente da República, sobre o novo protocolo de uso da hidroxicloroquina, no Sistema Único de Saúde, SUS, por pacientes com suspeita da Covid-19, os servidor@s de todo o Brasil foram novamente desrespeitados, em rede nacional.

“Que história é essa de servidor público pedir aumento porque vai exercer a sua função… . Por favor, não assaltem o Brasil,” esbravejou o ministro da economia, Paulo Guedes.

O Ministro da Economia, que por outras vezes proferiu declarações em tom de afronta aos servidor@s públicos, se referiu desta vez, que qualquer progressão na carreira, gratificação ou até mesmo reposição salarial para os servidor@s é um assalto ao Brasil. Guedes desconhece a relevância do servidor@s da saúde, que sempre estiveram dignamente atendendo à população e nesta crise sanitária, estão na linha de frente no enfrentamento da Covid-19. Se tem alguém surrupiando o Brasil, é o Ministro banqueiro que repassou 1 trilhão e 200 bilhões aos bancos no início da pandemia Covid-9.

“É importante salientar que existem alternativas para superar a crise social, sanitária e econômica, sem que os trabalhadores e a sociedade como um todo sejam prejudicados. Dentre as alternativas, destacam-se a suspensão do pagamento e auditoria imediata da dívida pública que vem consumindo mais de 1 trilhão de reais anualmente para pagamento de juros e amortizações aos bancos, que corresponde a 40% do orçamento da União. A imediata taxação das grandes fortunas, a criação da contribuição social sobre altas rendas das Pessoas Físicas e a revogação imediata da Emenda Constitucional nº 95/2016, que retirou mais de 20 bilhões do SUS nos últimos dois anos”, afirma Ricardo Manzi, Presidente do Sindsaúde-GO.

Enquanto o mundo inteiro aplaude os profissionais da saúde, no Brasil eles são agredidos.

Já são muitos anos que assistimos os trabalhador@s da saúde sendo culpados pelas péssimas condições dos serviços públicos, que se agravaram com a Emenda Constitucional 95, que a congelou os recursos para o SUS por vinte anos. A pandemia veio para que trabalhador@s e servidor@s da saúde se unam ao Sindsaúde, na luta e no enfrentamento por concurso público, por dignidade no exercício da profissão, por salários condizentes com a função. 

E neste momento da pandemia Covid-19, em que os trabalhador@s, servidor@s da saúde estão expostos à falta equipamentos individuais e coletivos de proteção, EPIs e EPCs, lidando com condições básicas precárias e ineficientes para garantir a proteção de seus familiares e dos pacientes, as insinuações do ministro soam o tom da indiferença a que todos, trabalhador@s e população, estamos expostos.

Em Goiás, devido administração das Organizações Sociais, OS, que já vinham escalonando servidor@s públicos e demitindo em massa profissionais da saúde, a situação só se agravou com a chegada do novo vírus. 

Torna-se imprescindível e inadiável dar um Basta. Exigimos respeito.

Sindsaúde.

Sempre Juntos: A Saúde Luta e Resiste.                

 

 

                 

 

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