RISCO! Mais de 800 servidores com 60 anos ou mais permanecem trabalhando nas unidades de saúde da capital

 RISCO! Mais de 800 servidores com 60 anos ou mais permanecem trabalhando nas unidades de saúde da capital

*Publicada em 29.05.2020 às 16h00

Em resposta aos pedidos do Sindsaúde-GO para que a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) assegure a proteção dos profissionais de saúde durante a pandemia do novo coronavírus, inclusive com o afastamento ou remanejamento daqueles com 60 anos ou mais, a pasta se manifestou alegando não ser possível atender a medida no momento.

De acordo com informações fornecidas pela SMS, a pasta conta hoje com 955 servidores na Saúde com 60 anos ou mais. Destes, 866 ainda permanecem trabalhando nas unidades da capital.

Colapso

A Secretaria justificou que “a liberação imediata desses servidores causará colapso na assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde”. Ainda segundo o órgão, esses trabalhadores estão “nas unidades de urgência e na atenção básica que atendem a grande demanda de pacientes do sistema de saúde”.

No entanto, a SMS garantiu que “tem realizado todos os esforços para proteção do trabalhador e ao mesmo tempo fornecer atendimento de qualidade aos usuários do SUS; conforme Portaria n°110/2020 os servidores com 60 (sessenta) anos ou mais serão dispensados gradativamente de suas atividades laborais após substituição dos mesmos desde que não prejudique o atendimento aos usuários”.

Contratação

O presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, manifesta preocupação com o cenário. Ele alerta que as projeções apontam para um agravamento da pandemia e que isso significa aumentará o risco de contaminação colocando em risco também os profissionais de saúde. “Manter o trabalhador com comorbidades e aqueles com 60 anos ou mais é apostar em um risco muito alto”.

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta que, caso os índices de isolamento social continuem baixos, Goiás poderá ter 34 mil pacientes internados por conta da Covid-19, dos quais 9.327 precisarão de um leito de UTI.

Ricardo Manzi adverte ainda que é preciso repor emergencialmente a força de trabalho com novos profissionais para garantir a segurança à vida desses trabalhadores. “Vamos continuar cobrando o afastamento desses servidores e atento às condições de trabalho. Embora defendamos o concurso público como porta de entrada no setor público, entendemos que a prefeitura precisa contratar emergencialmente. Já fez isso antes, por que não fazer agora?”, questiona Manzi.

O Sindsaúde em conjunto com outras entidades tem cobrado uma reunião com a secretária de Saúde, Fátima Mrué, e o prefeito, Iris Rezende, para tratar do enfrentamento à pandemia e de outros assuntos referentes às pautas de reivindicação dos trabalhadores da saúde.

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