Sindsaúde vai ao MP contra as condições precárias das unidades de saúde da capital

 Sindsaúde vai ao MP contra as condições precárias das unidades de saúde da capital

Na tentativa de buscar uma solução para o caos que assola a rede municipal de Saúde de Goiânia, o Sindsaúde se reuniu com o promotor de Justiça e coordenador de CAO Saúde do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Eduardo Prego, na última quinta-feira (5) para denunciar a falta de condições de trabalho, de assistência à população e a superlotação das unidades na rede municipal de Saúde de Goiânia. Uma comissão de trabalhador@s também participou da reunião.

Entre as denúncias, estava a escassez de Equipamento de Proteção Individual (EPI) como luvas e máscaras. A situação é ainda mais preocupante já que Goiânia passa por um aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e de contágio pelo vírus Influenza A H1N1 colocando em risco a saúde do paciente e do profissional.

O uso adequado do EPI é obrigatório durante todo o trabalho, mas isso não é seguido. Os trabalhadores alegam que estão sendo orientados pela gestão a utilizar a mesma máscara por dois meses, indo contra a orientação do fabricante que é de descartá-la a cada troca de turno, além de utilizarem luvas inadequadas.

Uma servidora denunciou que há um mês o laboratório terceirizado que realizava um exame chamado Gasometria Arterial, muito importante para os pacientes com suspeitas de contaminação pelo vírus H1N1, teve o contrato cancelado. “Eu não sei como os médicos conseguem tratar o paciente portador do vírus sem esse exame”.

O Sindsaúde ainda relatou ao promotor que a dificuldade da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia em solucionar os problemas da rede municipal tem ajudado a piorar o cenário. “A situação é muito grave e está colocando em risco a vida de servidores e pacientes”, enfatizou o vice-presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi.

Força tarefa

Eduardo Prego acolheu as denúncias levantadas pelo Sindicato e explicou que o MP-GO já está tomando providências. “Nós estamos com uma força tarefa para investigar a saúde em Goiás. Estamos investigando quatro pontos fundamentais: urgência e emergência, cirurgias eletivas, demandas de exames laboratoriais e as unidades básicas,” completou.

O promotor lembrou que o MP já pediu duas vezes o afastamento da atual secretária de Saúde, Fátima Mrué, por improbidade e revelou que já foi solicitado planos de contingências à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e à Secretária de Estado da Saúde. Ainda segundo, ele a força tarefa vai apresentar novos resultados em breve.

Acordo

Diante das denúncias apresentadas, ficou acordado entre o Sindsaúde e o MP, que o Sindicato irá formalizar as denúncias por meio de relatórios e encaminhar ao Ministério Público. Os relatórios serão utilizados para complementar o processo que já está em andamento.

Imagem: MPGO

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