Operação Tolueno – entenda por que o modelo de administração por OS é tão prejudicial à população

 Operação Tolueno – entenda por que o modelo de administração por OS é tão prejudicial à população

Na manhã desta terça-feira (15) a Polícia Federal (PF) cumpriu 13 mandatos de busca e apreensão e 8 prisões temporárias em Brasília (DF), Pirenópolis, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Macapá e no Amapá. A corporação da PF investiga irregularidades na compra de insumos e Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos (EPI e EPC) e fraudes no processo licitatório pela empresa fornecedora contratada pela Organização Social (OS) – Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) que administra as unidades de saúdes no DF e nos referidos municípios.       

A compra de álcool em gel 70% e de máscaras de baixa qualidade foram destinados ao Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, em Pirenópolis – GO. O Sindsaúde esteve no hospital para verificar quais as condições dos trabalhador@s da saúde na unidade.  

“Assim que chegamos no hospital, pedimos para falar com a gestão, houve uma demora, porque não havia uma pessoa de referência. O técnico de segurança do trabalho nos informou que os protocolos de atendimento em saúde estavam ocorrendo de forma normal no hospital. Porém a presença da Polícia Federal que prendeu 2 diretores da OS-IBGH, nos deixou a nítida percepção de que o hospital está como nave à deriva. Os trabalhador@s estão trabalhando apreensivos com os acontecimentos, as acusações e a prisão dos diretores. A fragilidade da administração e dos serviços prestados pela OS, deixou os gerentes de unidade remediando a situação em Pirenópolis, sem nenhuma referência da gestão. Como não obtivemos nenhuma explicação ou resposta para saber como fica a gestão do hospital e dos trabalhador@s o Sindsaúde irá procurar respostas na Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO),” relata o Diretor do Sindsaúde, Erivânio Herculano da Silva.

O Sindsaúde sempre se posicionou de forma contrária ao modelo de gestão por Organizações Sociais de Saúde, implementado em Goiás. Ainda que estejam em conformidade e legalidade, a presença das OSs representa a imposição da lógica do lucro (empresas) dentro da saúde pública. O direito do usuário passa a ser regulado e deixa de estar em primeiro plano. E quando presenciamos casos como o de hoje, temos a certeza de que o que é público deve ser administrado e gerido pelo ente público. A lógica do lucro se mostra muitas vezes envolta em casos de corrupção, favorecimento de licitações e deixa claro que o sistema OS se mostra ineficiente e pouco vantajoso para as administrações públicas.

O Sindsaúde esteve nas unidades da OS investigada, para saber como ficam os trabalhador@s da saúde e não encontrou nenhuma das sedes abertas.

“É lamentável que o poder público não dê resposta a esta incorreção que são as OSs na saúde em Goiás. O Sindsaúde irá buscar respostas para a situação dos trabalhador@s da saúde junto a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) e o que mais for necessário para sanar esta terrível situação de corrupção,” explica Irani Tranqueira, Diretora do Sindsaúde.                                

Outras Notícias

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitor de Página Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud