Os trabalhadores (as) da saúde e o retrato da violência em Goiás – Covid-19

 Os trabalhadores (as) da saúde e o retrato da violência em Goiás – Covid-19

Publicado em 01 de setembro de 2020, às 18h03

O Sindsaúde –GO jamais aceitará e deixará de relatar todo e qualquer ato de violência, seja física ou psicológica, seja por decisões políticas ou qualquer outro motivo, deferidos e a quem quer seja. Muito menos quando se trata de trabalhador@s da saúde. O Sindsaúde não irá se omitir quando o assunto for o recurso cada vez mais escasso para a área da saúde e principalmente neste momento de pandemia.  

Chegou no Denuncie Sindsaúde o relato chocante de uma amiga da Técnica de Enfermagem que foi espancada e teve suas mãos quebradas, na última segunda-feira, 31. O ato brutal de violência ocorreu no Hospital de Campanha para Enfrentamento do Coronavírus (HCamp), em Catalão, no Sul de Goiás.

O Sindsaúde-GO orienta os trabalhador@s, profissionais da saúde que em caso de qualquer tipo de ato violento ou que configure assédio moral, que realizem o boletim de ocorrência e procurem o Departamento Jurídico do Sindicato, para que possamos realizar um termo de ajuste de conduta junto ao Ministério Público de Goiás ( com objetivo de garantir a segurança daqueles que estão à frente do enfrentamento da Covid-19) e que obrigue os gestores nos municípios a manter a Guarda Civil nos HCamp e nas demais unidades de saúde (via patrulhamento ou qualquer outra alternativa). Os profissionais de saúde estão trabalhando com sobrecarga e com medo. Os prejuízos individuais, familiares e sociais são catastróficos.     

Como aconteceu:

Os atos violentos contra a técnica de enfermagem foram praticados primeiro por uma grávida de 27 anos e logo após pelo marido e o pai, que a acompanhavam no HCamp. Os atos truculentos atingiram também, um médico e uma paciente que estava sendo atendida. Quando a polícia chegou no local os agressores já tinham ido embora, deixando um rastro de destruição e muitas ameaças.

A técnica de enfermagem tinha ido buscar a tomografia da agressora (grávida) em sua própria moto e quando chegou com o exame, na tentativa de acalmar os ânimos foi cruelmente espancada. É importante dizer que às segundas-feiras o HCamp de Catalão chega a atender uma média de 140 pacientes. E Catalão contabiliza aproximadamente 1500 contaminados e 50 óbitos  

Como o que acontece nas demais unidades de saúde e nos HCamp em todo o Brasil (amplamente divulgado pela imprensa) não são só os insumos como EPIs, leitos e respiradores que nunca chegaram ou que não tem reposição, com o afastamento e sem a devida contratação e reposição dos trabalhador@s da saúde (cada vez mais adoecidos pela Covid-19 e outras doenças) os que permanecem trabalhando não estão suportando o aumento exponencial da demanda de pacientes nas unidades. A técnica de enfermagem, segundo o Jornal O Popular, seguiu cumprindo seu plantão no dia da violência porque não tinha outra pessoa para ocupar o seu lugar.

Fonte:

Técnica de enfermagem é espancada dentro do Hcamp de Catalão, no sul de Goiás – O Popular
Veja mais em:https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/t%C3%A9cnica-de-enfermagem-%C3%A9-espancada-dentro-do-hcamp-de-catal%C3%A3o-no-sul-de-goi%C3%A1s-1.2111854

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