Servidores de Goiânia são punidos com a nova flexibilização das medidas restritivas; licença-prêmio está suspensa

 Servidores de Goiânia são punidos com a nova flexibilização das medidas restritivas; licença-prêmio está suspensa

Nesta terça-feira (11) a prefeitura de Goiânia divulgou um novo decreto que flexibilizou horários de funcionamento de comércios e até mesmo a realização de festas com limite de 150 convidados. O prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), justificou a ação com a afirmativa de um “novo normal”.

Contradizendo essa aparente normalidade, a Secretaria Municipal de Saúde publicou Portaria (235/21) suspendendo a Licença Prêmio enquanto durar a declaração de calamidade pública do Município. A questão é, se a situação é tão estável que permite a abertura do comércio e realização de eventos, porque os servidores estão sendo punidos com a suspensão da licença?

O Sindsaúde compreende que diversos comerciantes são prejudicados com as medidas restritivas, contudo, se a situação ainda é de risco e carece do maior contingente de trabalhadores disponíveis a fim de prevenir eventual colapso na rede de atendimento, então não deveria haver flexibilização, pois pune aqueles que desde a primeira hora estão se dedicando ao cuidado da população e já apresentam sinais evidentes de esgotamento e exaustão: os profissionais de saúde. Além disso, quais os critérios utilizados para a suspensão do benefício?

Se considerarmos os diversos servidores que atuam na linha de frente ao enfrentamento da Covid-19, a maioria deles sem férias, a Licença Prêmio é um benefício essencial para o não adoecimento físico e mental desses trabalhadores. Mas infelizmente, faz parte da história política de Goiânia prejudicar aqueles que trabalham nos serviços públicos.

O Sindicato não é contra a flexibilização das medidas restritivas, porém repudia toda forma de injustiça aos servidores. Um governo que foi eleito pela categoria trabalhadora, tem mostrado que os servidores não estão inclusos nas prioridades da gestão. 

Utilizar o termo “novo normal” não pode ser justificativa para ações descabidas e sem planejamento. Sobrecarregar mais uma vez os trabalhadores da saúde e o SUS, tendo em vista que o número de casos fatalmente irá aumentar, é, no mínimo irresponsabilidade da gestão municipal, pois as unidades estão sucateadas e isso, muito antes da pandemia. Legitimar essa covardia contra o trabalhador da saúde com a desculpa dos prejuízos da Covid-19 é atitude sorrateira e jamais esperada por parte de verdadeiros líderes.

A Licença-Prêmio fica suspensa a partir de 01 de julho de 2021, enquanto perdurar a situação de calamidade pública em Goiânia. Além da suspensão do benéfico, a medida também impede afastamentos para exercício em outro órgão ou entidade.

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