Sindsaúde e Fórum da Enfermagem se reúnem com Ministério da Saúde para garantir pagamento justo do piso salarial

O Sindsaúde-GO, juntamente com o Fórum Nacional da Enfermagem e o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), se reuniu na terça-feira (21), no Ministério da Saúde, com representantes da pasta, para discutir a necessidade de corrigir falhas no pagamento do piso salarial da enfermagem.

Além da diretora do Sindsaúde, Sirley Braga; da presidente do Fórum Nacional da Enfermagem, Líbia Bellusci; e do diretor do Sieg, Adalberto Meira, participaram do encontro o secretário adjunto do Ministério da Saúde, Helton Bandeira; o advogado da Advocacia Geral da União, Hugo Sales; e o coordenador-geral de Políticas Remuneratórias da SGTES-MS, Fábio Maia.

A pauta principal foi a resolução dos problemas no pagamento do piso da enfermagem, uma vez que muitos profissionais têm enfrentado dificuldades para receber os valores devidos. Em diversos municípios, o piso não está sendo pago corretamente ou de forma regular.

Denúncias

As entidades apontaram que um dos maiores problemas refere-se aos hospitais que atendem mais de 60% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Recebemos denúncias de que muitos desses hospitais recebem o dinheiro das prefeituras, mas não repassam os valores devidos aos trabalhadores da enfermagem”, argumentou a diretora Sirley Braga.

Os representantes do Ministério da Saúde acolheram as denúncias apresentadas e orientaram as entidades a formalizarem as queixas, uma que o não repasse da verba recebida e não repassada aos profissionais configura apropriação indébita. Em resposta às preocupações levantadas, foi anunciado que, na próxima semana, o Ministério da Saúde divulgará uma nova portaria para corrigir falhas no sistema investSUS, responsável pela alimentação dos dados financeiros.

Transparência

As entidades sindicais também pediram maior transparência nos repasses. “Entendemos que também é importante que os próprios trabalhadores possam consultar os valores recebidos. Acreditamos que se os depósitos forem feitos diretamente no CPF de cada trabalhador, teremos a garantia de maior controle e segurança”, reiterou Sirley Braga.

Nesse sentido, ficou acordado que será criada uma comissão para estudar essas propostas e suas possíveis implementações. “A nossa luta continua para garantir que os profissionais da enfermagem tenham seus direitos assegurados e respeitados, lutando por condições de trabalho dignas e justas remunerações, inclusive pela jornada de 30h vinculada ao piso salarial”, finalizou Sirley.