Denúncias de irregularidades no Hurso repercutem na imprensa

 Denúncias de irregularidades no Hurso repercutem na imprensa

*Publicada em 21.01.2020 às 16h

Para apurar as denúncias de falta de medicamento e alimentação precária, a equipe de reportagem do programa Balanço Geral da TV Sucesso, afiliada da Record Goiás, em Rio Verde esteve na sexta-feira (17) no Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (HURSO) em Santa Helena.

Servidores e pacientes do Hurso, hospital administrado pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) têm enfrentado problemas com falta de medicamentos, com alimentação precária e deficitária e até mesmo com o pagamento irregular dos salários.

Não autorizada
Com as denúncias em mãos e buscando respostas, a equipe de TV foi proibida de entrar na unidade. A assessora de imprensa alegou que era preciso uma autorização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) autorizando a entrada. Mesmo com a negativa, a equipe foi até a recepção onde solicitou esclarecimentos para as denúncias sem obter sucesso. Ninguém da gestão do IBGH quis falar.

Troca da OS
Somente a SES se manifestou. De acordo com a reportagem, a Secretaria informou por meio de nota que a gestão de Caiado honrou todos compromissos com a OS em 2019 e que pretende substituir a organização social uma vez que o desempenho não estaria sendo satisfatório.

Fim da terceirização
A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, destaca que apenas a substituição de OS não resolverá o problema. Ela explica que é preciso devolver a gestão dos hospitais públicos ao Estado e melhorar o investimento na Saúde.

“Apesar dos bilhões que o Governo de Goiás gasta com as OS, hoje vivenciamos uma crise grave nos hospitais terceirizados. A terceirização liquida direitos trabalhistas, adoece trabalhador@s devido ao assédio moral e, muitas vezes, maquiam informações administrativa e financeira do desempenho delas no setor público”, expôs Flaviana.

Outra alerta do Sindsaúde é quanto ao prejuízo para os usuários. “Hoje é muito mais difícil para um paciente acessar estas unidades. Muitos deles não interessam às organizações sociais já que custam caro”.

Investigação

Flaviana lembraq em janeiro do ano passado, conforme divulgado pela imprensa, a OS em questão foi alvo de investigação. A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagram, no Estado de Tocantins, a Operação Déjà Vu. A Operação tinha por objetivo combater esquema de desvios de recursos federais repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) ao município de Araguaína (TO), em serviços prestados de forma terceirizada pela Organização Social, Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH).

A investigação apontou diversas irregularidades na prestação de contas, que foram do superfaturamento na aquisição de produtos e serviços, a chamada “maquiagem contábil”.

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