Diretora do Sindsaúde aponta avanços na realização do curso de Vigilância em Saúde do Trabalhador

 Diretora do Sindsaúde aponta avanços na realização do curso de Vigilância em Saúde do Trabalhador

Faltando alguns dias para a finalização do curso de Vigilância em Saúde dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), os coordenadores organizam o Webnário de encerramento marcado para o dia 1 de julho.

A formação que é dividida em oito oficinas, aborda os Princípios da Política Nacional de Saúde dos trabalhadores de modo que seja construído uma atuação contínua e sistemática com os mesmos.

O curso é uma iniciativa conjunta do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás em parceria com a Procuradoria Regional do Trabalho da 18º Região, Fundação Osvaldo Cruz e Prefeitura Municipal de Senador Canedo.

Em um relatório preliminar produzido na quinta-feira (24), na 7ª oficina, a turma foi dividida em grupos com quatro temáticas, como por exemplo, Organização e condição de trabalho, acidentes, comunidade e Covid-19.

Durante o debate, os participantes apresentaram diversos fatores que os expõem à risco no local de trabalho. Quando abordado as violências ocorridas no trabalho em comunidade, os trabalhadores apontaram a exposição ao tráfico de drogas, assédios e violências físicas.

Uma das organizadoras do curso e diretora do Sindicato, Ivanilde Vieira relata os resultados já alcançados com os servidores e a importância da criação de espaços onde esses debates podem ser constantes.

Além da Covid-19, quais são os receios que os trabalhadores têm enfrentado atualmente?

Ivanilde: O Coronavírus está sendo uma situação vivenciada pelos servidores da saúde de forma muito traumática. Contudo, os acidentes com materiais biológicos são situações que causam apreensão, pois causam contaminações de doenças infectocontagiosas.

Nós, do Sindsaúde, queremos acompanhar essas e outras notificações mais de perto para podermos minimizar esses tipos de acidentes. Temos um grupo de Organização das Condições de Trabalho e por lá recebemos diversas situações vivenciadas pelos profissionais que lhes causam aflição, desde a perda de direitos trabalhistas, até o não reconhecimento social pelo trabalho.

Qual é a relevância desse curso para os trabalhadores e para o SUS?

Ivanilde: Sempre soubemos da precariedade e das dificuldades dos trabalhadores em ter melhores condições de trabalho e do atendimento insatisfatório prestado pelo SUS. Mas com os debates realizados entre os grupos durante o curso, foi possível observar que essas insatisfações estão coligadas. Afinal, sem uma boa condição de trabalho e assistência, não tem como prestar um bom serviço.

E como foi a construção desses debates?

Ivanilde: A classe é dividida em grupos com temas variados como Covid-19, comunidade, acidentes e outros. Nesses espaços cada um traz relatos e experiências vividas nas unidades ou nos locais de trabalho. Dessa forma, é possível sistematizar toda a problemática enfrentada pelos trabalhadores no cotidiano do trabalho, e consequentemente, o reflexo que isso causa no serviço de saúde.

Como é tratado essas inquietações no curso?

Ivanilde: Focamos na valorização e capacitação desses trabalhadores, pois só assim poderão superar situações problemáticas existentes no trabalho. Todas essas circunstâncias precisam ser discutidas de forma democrática, amorosa e respeitosa.

Qual é a expectativa com a finalização do curso?

Ivanilde: Queremos criar um espaço no Sindicato para fazermos discussões contínuas sobre a saúde do trabalhador, com relatos e vivências trazidas pelos mesmos. Queremos aprofundar nos temas “Comunidade e Território”, “Espaço de Trabalho”, “Covid-19” e outras abordagens.

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