Entidades protestam contra caos na saúde pública de Goiânia; médicos paralisaram por 24h

 Entidades protestam contra caos na saúde pública de Goiânia; médicos paralisaram por 24h

Na manhã desta quarta-feira (13), trabalhadores da saúde, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), entidades da sociedade civil organizada, Conselhos, lideranças políticas, movimentos sociais e populares, realizaram um protesto na UPA da Chácara do Governador, em Goiânia. O objetivo foi denunciar o desmonte da saúde pública da capital e cobrar melhores condições de trabalho.

Durante o ato, foi lançado o Movimento “Juntos Pela Vida, Pelo SUS e Pela Saúde” com a proposta de chamar a atenção para o caos na saúde pública e barrar as tentativas de privatização. A mobilização também incluiu a paralisação dos médicos efetivos, credenciados e prestadores de serviços da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. A interrupção começou na manhã desta quarta-feira e durará 24h.

O movimento que lançamos nesta quarta-feira é um ato de resistência. Escolhemos simbolicamente a UPA Chácara do Governador para denunciar o processo de privatização eminente. Mas a nossa luta vai além da privatização, vamos combater a omissão do poder público e lutar pelo direto à saúde de qualidade garantido pela Constituição Federal”, frisou a presidente do Sindsaúde, Néia Vieira.

Na ocasião, as lideranças sindicais dialogaram com a população que aguardava atendimento para explicar as motivações da manifestação. Néia Vieira justificou que é preciso combater o sucateamento do SUS promovido pelo poder público visto que isso cria um caos sistemático e artificial e que serve para justificar os repasses do dinheiro público para atender interesses particulares, por meio das Organizações Sociais (OS) e todas as outras formas de terceirizações.

Mudança de gestão

Trabalhadores e usuários da UPA Chácara do Governador obtiveram informações de que a prefeitura de Goiânia pretende transferir a gestão da unidade para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). A proposta é que, caso a transferência se concretize, o ambulatório da UPA que oferece múltiplos atendimentos seja substituído por outro que ofereceria apenas serviços em ginecologia. Essa pretensão gerou indignação entre servidores e a comunidade.

Participaram do ato nesta quarta-feira, além do Sindsaúde, dirigentes do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego); do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg); do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfar); da Associação dos Servidores do Samu no Estado de Goiás; e o deputado estadual Mauro Rubem.

Outras Notícias

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitor de Página Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud