Maioria dos deputados ignora apelo dos servidores e aprova em definitivo a privatização do Ipasgo
O projeto n°517/23; de autoria do Poder Executivo, que altera a natureza jurídica do Ipasgo, extinguindo a autarquia e criando um Serviço Social Autônomo (SSA) – pessoa jurídica de direito privado; foi aprovado em definitivo na Ordem do Dia da sessão ordinária desta quinta-feira (20), por 28 votos a favor do governo e 8 votos contrários.
Mesmo contrariando a grande maioria dos servidores e beneficiários do Instituto que são contra a privatização e que se manifestaram de diversas formas, os deputados governistas ignoraram a vontade dos verdadeiros donos do Ipasgo e aprovaram o projeto do governador Caiado.
Indignação
Os protestos contra a mudança no Ipasgo vieram das galerias do plenário, das audiências públicas, dos representantes de diversos sindicatos durante os debates e até mesmo pela enquete do serviço de consulta pública OPINE CIDADÃO no site oficial da Alego, que registrou no dia 18/04, 1.208 votos contrários à privatização e somente 17 a favor do projeto privatista.
Sindsaúde
O Sindsaúde-GO, assim como outras entidades, esteve presente durante todas as mobilizações contra a privatização do Ipasgo, em atos presenciais na sede do Instituto, nas audiências públicas na Alego, em conversas com autoridades da área da saúde do governo, nas redes sociais e por meio da imprensa. Entretanto, a base do governo na Assembleia Legislativa já havia decidido de que lado estava e não era do lado do servidor.
A presidente do Sindsaúde, Néia Vieira, lembra que o governo Caiado já aprovou a segunda maior alíquota previdenciária do país, de 14,25%, inclusive para os aposentados e pensionistas do estado, retirou direitos como quinquênios e licença-prêmio, está devendo 3 datas-bases aos servidores, vendeu o Hospital dos Servidores Públicos, não cumpre decisão judicial referente às datas-bases (2007 a 2010) e agora privatiza o Ipasgo que é mantido com recursos, exclusivos, dos servidores.
“É lamentável que a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa de Goiás tenha dado carta-branca para a privatização do Ipasgo sem levar em considerar os inúmeros alertas que fizemos. Essa decisão afeta diretamente a vida do servidor e dos demais usuários do Instituto. O Sindsaúde em parceria com as demais entidades sindicais vai continuar a luta para devolver o Ipasgo aos seus legítimos donos”, frisa a presidente do Sindsaúde.
Néia alerta que os servidores públicos precisam saber quem apoia essas medidas que prejudicam a categoria e suas famílias e que esses deputados não devem voltar para o Executivo e nem para o Legislativo.
Votaram contra a privatização:
- – Antônio Gomide (PT),
- – Bia de Lima (PT),
- – Mauro Rubem (PT),
- – Paulo Cezar (PL),
- – Delegado Eduardo Prado (PL),
- – Major Araújo (PL),
- – Gustavo Sebba (PSDB)
- – José Machado (PSDB).
Votaram a favor da privatização:
- – Alessandro Moreira(PP)
- – Amauri Ribeiro (UB)
- – Amilton Filho (MDB)
- – Anderson Teodoro (Avante)
- – André do Premium (Avante)
- – Bruno Peixoto (UB)
- – Cairo Salim (PSD)
- – Clécio Alves (REP)
- – Coronel Adaílton (SD)
- – Cristiano Galindo (SD)
- – Dr. Geoge Morais (PDT)
- – Dra. Zeli (SD)
- – Fred Rodrigues (DC)
- – Issy Quinan (MDB)
- – Jamil Calife (PP)
- – Júlio Pina (SD)
- – Lincoln Tejota (UB)
- – Lineu Olimpio (MDB)
- – Lucas Calil (MDB)
- – Lucas do Vale (MDB)
- – Renato de Castro (UB)
- – Ricardo Quirino (REP)
- – Rozângela Rezende (AGIR)
- – Talles Barreto (UB)
- – Valter Martins (PAT)
- – Virmondes Cruvinel (UB)
- – Vivian Naves (PP)
- – Wilde Cambão (PSD)