CUT-GO define representantes para Coletivo Nacional de Trabalhadores com Deficiência

 CUT-GO define representantes para Coletivo Nacional de Trabalhadores com Deficiência

Quando temos acesso ao mercado de trabalho, o local não é adequado para as nossas deficiências. O local de trabalho que é deficiente, porque não consegue se adequar às condições e necessidades das pessoas com deficiência“. A fala é da professora Ismene Fernandes da Silva, durante o Encontro Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras da CUT Goiás, ocorrido no último sábado (24), na sede da entidade, em Goiânia, e com transmissão virtual.

O evento, realizado na semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, promoveu discussões sobre a inclusão e as dificuldades dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência no ambiente de trabalho e o desmonte de políticas públicas voltadas para este grupo durante o governo de Jair Bolsonaro.

Conduzido pelo secretário de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT Goiás e diretor do Sindsaúde-GO, Erivânio Herculano, e pelos coordenadores do Coletivo Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT, Maria Cleide e Carlos Maciel, o encontro foi encerrado após a definição da professora Ismene e do servidor público Paulo Candido de Souza como representantes de Goiás no coletivo. “Nada de nós sem nós“, reforçaram o lema.

Nós enquanto trabalhadores/as com deficiência, precisamos nos unir e ocupar nossos espaços. A pessoa com deficiência é tratada no extremo. Ou é ignorada, colocada na mesma condição que a pessoa sem deficiência, ou é tratada com capacitismo. Não é nem um, nem outro. Somos trabalhadores/as com uma limitação específica que precisam de um espaço adequado para fazer seu trabalho com igualdade e respeito”, afirmou Paulo.

É por isso que, desde 2003, o Coletivo Nacional da CUT tem promovido diversas atividades e encontros visando a organização, o fortalecimento e a ampliação da luta das pessoas com deficiência no ambiente de trabalho em todo o Brasil. Além do Coletivo, a CUT tem participado ativamente no Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade), com representantes eleitos e eleitas desde 2002. 

Uma das principais lutas é a garantia e a fiscalização da Lei de Cotas, que determina às empresas com mais de 100 funcionários/as a destinar de 2% a 5% das vagas para pessoas com deficiência. Como forma de traçar um plano de trabalho para garantir a real inclusão dos trabalhadores e trabalhadoras no ambiente de trabalho, a CUT tem feito, em parceria com a Solidarity Center da AFL-CIO, a maior central sindical da América do Norte, diversos encontros para definir as principais dificuldades e necessidades de cada estado. 

Se hoje a gente tem uma dificuldade imensa para as pessoas sem algum tipo de deficiência conseguirem emprego, a gente tem também milhares e milhares de trabalhadores/as com deficiência que não tem sequer a oportunidade de entrar no mercado de trabalho”, comentou Ismael César, secretário Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT.

O sindicalista reforçou ainda a importância de, no dia 2 de outubro, se eleger representantes políticos comprometidos com as pautas das pessoas com deficiência. “Para termos um governo que vá investir em políticas sociais para este grupo”, apontou, relembrando os cortes orçamentários feitos durante o atual governo que descontinuaram programas destinados às pessoas com deficiência e atacaram outros direitos já conquistados.

A fala foi enfatizada pelos demais presentes no encontro, entre eles o assessor da Secretaria Nacional, Luiz Soares da Cruz (Lulinha); o representante da CUT no Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade), Isaias Dias; o secretário de Administração e Finanças da CUT Goiás, Napoleão da Costa; além do educador da EcoCUT, César Augusto Azevedo (Cesinha).

Fonte: CUT Goiás

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