MPT em Goiás obtém decisão contra falsa cooperativa de profissionais de Saúde

 MPT em Goiás obtém decisão contra falsa cooperativa de profissionais de Saúde

Sentença obtida pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) determinou que a Cooperativa de Trabalho em Saúde Domiciliar do Centro Oeste (Uniseq) pare de fraudar a legislação trabalhista por meio da associação de trabalhadores da área de Saúde para atuar como falsos cooperados. A Uniseq atua em três hospitais públicos goianos: Hugol, Crer e HDS. A decisão é do dia 04/12.

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A cooperativa está proibida de fornecer mão de obra cooperada de profissionais de Saúde para trabalho em hospitais públicos (federais, estaduais ou municipais), clínicas/hospitais privados ou empresas de serviços de saúde de forma geral, sob pena de multa de R$ 10 mil por cada trabalhador cooperado em atividade.

A sentença determina também que, em 60 dias, devem ser rescindidos os contratos com pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas de direito privado para trabalho de cooperados em hospitais públicos (federais, estaduais ou municipais), clínicas/hospitais privados ou empresas de serviços de saúde de forma geral. A multa mensal é de R$ 50 mil para cada contrato mantido de forma irregular.

Precarização

Conforme explica a procuradora do Trabalho Milena Costa, à frente do caso, os trabalhadores, apesar de estarem formalmente na condição de sócios, não participavam de nenhuma decisão da cooperativa. A Uniseq agia, ilegalmente, como mera fornecedora de mão de obra para a organização social responsável pelo Hugol, Crer e HDS – todos hospitais públicos estaduais.

“Essa situação caracteriza um claro desvirtuamento da verdadeira função de uma cooperativa. Os profissionais de Saúde vinculados à Uniseq trabalhavam, na realidade, na condição de empregados, e não na de sócios. Essa fraude traz muitos prejuízos aos trabalhadores, como o não recolhimento de direitos previdenciários, o não pagamento de direitos trabalhistas, entre outros”, esclarece.

Milena destaca ainda que a irregularidade foi amplamente comprovada, especialmente por fiscalizações promovidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência, que aplicou três autos de infração à Uniseq pelas irregularidades encontradas. “Apesar de termos proposto um Termo de Ajuste de Conduta, a cooperativa se negou a assiná-lo. Tivemos que recorrer à Justiça”, pontua.

Denúncias

Na luta contra a precarização das condições de trabalho que envolve vários profissionais de saúde, o Sindsaúde tem intensificado o debate sobre esses modelos de cooperativas e levado ao MPT denúncias sobre a falta de condições de trabalho. A presidente em exercício do Sindsaúde, Néia Vieira, explica que “muitos profissionais atendem ao chamado dessas cooperativas com expectativas de terem uma renda e direitos assegurados, mas acabam se frustrando com a realidade”.

FONTE: Com informações do portal do MPT

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